Oi gente!
Sou eu, a Flávia de novo. Vou contar uma versão da nossa história que pouquíssima gente conhece (a maioria das nossas histórias pouquíssima gente conhece), mas está, diferente das que a Clara posta todos os dias, é um pouco mais complicada...
Um dia depois de ter ficado com a Clara pela primeira vez, começamos a nos ver diariamente. Três meses juntas, ela me convidou para morarmos sozinhas. Procuramos uma imobiliária...
E foi assim... Agimos precipitadamente movidas pela euforia...
É verdade, eu sei. Mas não me arrependo.
Mas ta, continuando, encontramos uma kitinet (acho que é assim, né?) e providenciamos tudo.
Agora vem outra parte, antes disso...
Havia uma semana que eu tinha pedido a conta. Íamos mudar de cidade. Sim, íamos parar 150 Km longe da nossa cidade. Queríamos distância. Tentar a vida longe de amigos – nem tão amigos assim – e parentes. Aconteceu que ficamos por aqui mesmo, faz parte...
Então, voltando ao desemprego... Estávamos – as duas – sem emprego. A Clara já não falava mais com os pais (ela saiu de casa pois sua vida estava um inferno lá e, com sua saída, seus pais adoraram – eu sei que adoraram, conheci eles melhor tempos depois, mas esta já é outra história) e eu só tinha o dinheiro do último mês de trabalho.
Aconteceu que estava um tempo chuvoso e, com ele, chegaram as cheias e muitas desgraças... Nisso, quem morava em áreas atingidas – ou de risco, como era o meu caso, ainda na casa da minha mãe – podia retirar o FGTS correspondente a todos os anos de trabalho. Bom, eu não tinha trabalhado por muito tempo antes disso, mas o aluguel era barato e conseguimos nos virar.
Então, cidade pequena, poucos empregos, sem família pra ajudar (e isso não é drama, hein!).
Passamos os seis meses que moramos nessa kitinet só com o dinheiro do FGTS. Sério, era bem pouco, nem sei como conseguimos.
Os detalhes...
Fogão lixo comprado num Móveis Usados cretino que tem aqui. Uma cama podre e um guarda-roupas comido de cupim que pesava meia tonelada. Uma TV de 14 polegadas – ta, até aí vai né – sem antena (assim não dá, né.). Sem máquina de lavar. Centrífuga? Nem pensar! A pia da cozinha só perdia para o guarda-roupas, que estava mais comida ainda – pelo menos era leve - e o marmorite (que era menor do que balcão) estava rachado...
Nem tudo são flores, pra falar a verdade, a maioria não foi...
Tudo bem. Tínhamos uma mesa, que cabia 2 cadeiras (a gente tinha 3), um sofá, 2 hamsters e 3 gatos – adoramos gatos, ah, e hamsters também!
Sem contar que só tínhamos uma bicicleta horrível e morávamos longe de tudo!
Uma bicicleta só. Era cansativo...
E foi assim, por seis meses.
Foi divertido até, hoje eu acho isso. Consigo tirar umas boas risadas daquele tempo.
Agora as coisas estão um pouquinho melhor – não mudou tanta coisa assim – mas melhoraram sim... A casa e os móveis são um pouco melhores. Que seja, a gente chega lá! =]
Pode parecer história de novela, mas aconteceu de verdade.
É loucura! Foi loucura! Passamos um bocado...
Não to querendo comover ninguém (e acho que tem até gente rindo), muito pelo contrário, estou contando aqui a riqueza dos detalhes pra vocês poderem conhecer um pouco mais das nossas vidas.
Do mais, só tenho a agradecer novamente pelos comentários e pelos freqüentadores assíduos do blog!
Um abração e até sexta!
Um comentário:
Kkkkkkkkkkkk não consigo parar de rir...se vcs tivesem me falado algo q estava acontesendo eu iria convidar vcs p' morar comigo gurias ....rsrsrsrs...moro do rio grande do sul...
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