Agosto – Mês de Revelações
Ela sempre acordava tarde, naquela manhã não havia sido diferente. Espreguiçou-se manhosamente na cama e olhou para o relógio: passavam das 10h30min.
Suspirou fundo imaginando o dia que teria assim que se levantasse. Lá fora, ela via pela janela, o sol brilhava e as árvores balançavam, ventava muito forte, o dia estava lindo, assim, ficava realmente muito difícil de sair da cama.
O quarto era o mesmo desde que ela se lembrava, sempre a mesma cama de solteiro, as paredes com algumas rachaduras, a cadeira cheia de roupas para guardar, os livros da escola espalhados pelo chão.
Olhou mais uma vez para o relógio: 10h42min.
Ainda sentia sono, havia ido dormir muito tarde, depois das 4 da manhã. Levantou o cobertor e imediatamente sentiu frio, mas ainda assim pôde sentir o cheiro que ele cobria, cheiro de seu próprio corpo, de sua pele suada florescendo em plena adolescência, cheiro da sua vagina, da sua umidade, cheiro que sua calcinha tentava cobrir em vão.
Aquela intimidade consigo mesma a atraía, ela gostava do cheiro que sua vagina tinha, quando ia ao banheiro costumava com frequência trazer a calcinha ao nariz para poder apreciar o cheiro preso na sua calcinha.
Adorava ver que a calcinha estava molhada, seja de muco ou menstruação, qualquer que fosse a umidade que ela trazia, já conseguia com facilidade satisfazer seu prazer secreto.
Aquela manhã de meados de agosto estava tentadoramente linda, ela, que nunca gostara do sol, agora o maravilhava pela janela, vendo seus raios atravessarem os galhos das árvores e brilharem no telhado da casinha do cachorro.
Colocou dois travesseiros embaixo da cabeça, puxou os cabelos para trás, e ao passar a mão perto do rosto, sentiu o cheiro que tinha em seus dedos.
Agora pensava como tinha conseguido dormir, quando se deitou às 2 horas da manhã podia jurar que não conseguiria, sua cabeça a estava deixando maluca, ou será que ela sempre foi e agora que as coisas estavam claras sua sanidade estaria se estabelecendo?
Trouxe os dedos ao nariz, inspirou todo o aroma que a familiarizava.
Margot tinha o mesmo cheiro que ela, isso a deixava encantada e não conseguia mais parar de cheirar seus dois dedos, que no dia anterior descobriram o hímem intacto de Margot.
Desde que fora convidada para fazer o trabalho de ciências ela sabia que acabariam não fazendo estudo ou trabalho algum, e, sabia também que se aceitasse o convite teria que ser naquela tarde.
Chegou até a comprar duas cartolinas, levou na mochila canetinhas e livros.
Quando chegou à casa de Margot estava com o coração em disparada, mas iria em frente, não desistiria.
Bateu palmas diante da casa, Margot saiu para abrir o portão. Ela não pôde disfarçar, Margot tinha as coxas mais grossas do que aparentava na escola com aquele uniforme azul, estava usando um short curto e uma blusa branca.
Seu sorriso naquela tarde, não haveria outro igual.
Na mesinha de centro na sala, o livro e o penal sequer foram abertos, a conversa sem rumo tomou toda a atenção das duas, o olhar dela desviava do rosto de Margot, não queria olhá-la nos olhos, estava muito envergonhada, talvez por não saber o que fazer, tinha decidido em casa que tomaria a iniciativa, mas ali, perante as coxas e ao olhar de Margot, não lembrava nem do próprio nome.
Margot decidiu fazer tranças em seu cabelo. O simples toque da mão de Margot a fez estremecer, aquela mão suave e cheirosa de creme de macadâmia mexia em seus cabelos e em sua nuca, isso lhe causava uma sonolência e também um desejo de tirar a calcinha, como ela costumava fazer sozinha na cama antes de dormir.
Margot a estava dominando, estava com ela presa em suas mãos, era dona dela apenas por acariciar seus cabelos a tocar suavemente seu pescoço.
Sem perceber ela pegou na mão de Margot e a beijou, primeiro entre os dedos depois nas costas da mão. Esfregou a mão de Margot em seu rosto, sentiu a suavidade e a excitação que isso lhe causava, uniu suas mãos às dela, e em meio a sorrisos envergonhados elas se beijaram na boca.
Quando chegou em casa, a porta da cozinha estava trancada. Sua mãe veio logo gritando e esbravejando, mas ela sempre soube mentir muito bem, inventou uma desculpa perfeita para justificar um trabalho de ciências que demorou até as 23h45min.
Ficou ainda algum tempo no quarto de um lado para o outro antes de deitar-se. Não sabia o que pensar, o que fazer, como iria agir dali em diante.
Finalmente deitou-se para dormir. Sua mente ainda não havia voltado, estava ainda na cama de Margot.
Virou-se e revirou-se diversas vezes na cama, estava nervosa ou ansiosa?
Não sabia de mais nada, não tinha futuro, apenas a certeza de que Margot estaria na escola amanhã.
Adormeceu sorrindo.
5 comentários:
Bom me pediräo pra ser sincera entäo serei.
Achei o começo um pouco parado.Mais o desenvolver da historia foi legal.Para uma iniciante Clara você esta no caminho certo.Espero a continuaçäO ... Eim...
Bjinhus =)
parabens moça ... ninguem começa nada perfeitamente.. mas vc se expressou bem ... continue assim ;..
Clara..que tudo seu conto.total apoio como escritora!!
Só senti falta de uma maior intensidade na descrição do momento que elas estavam juntas...que a parte mais interessante da história...rs.
Gosto da maneira como vc é detalhista ao descrever os fatos...
Tudo de bom querida,secesso.E se um dia lançar um livro me avise.serei uma das primeiras a obtê-lo.
Um bjo
Gostei, vai enfrente clata
AMEI 2171378607 LARYSSA MANUELA
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